quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meu Suplício

Estou acordado agora
E o mundo lá fora
Dorme esperando o amanha,
E eu aqui vivendo apenas o hoje,
Este hoje que não dormiu
Cansado e sentindo frio.

Sinto o mundo que me consome,
Minha alma ardendo de fome,
Alma de menino que diz ser homem
Neste momento um lobisomem

Olho pra lua
Clara e nua
Luz a brilhar... Refletindo o sol
Nos meus olhos surge um olhar menina
Flor deslumbrante, ave de rapina.

Num instante nuvens escuras passam pelo céu
Parecem refletir o que sinto dentro
Aquele instante amargo; gosto de fel.
Gosto que até agora, sinto no peito.

Deito na cama
Procuro dormir,
Meus pensamentos a insistir,
Versos que surgem para escrever
E eu escrevo pra te esquecer.
Mas logo de inicio... o meu suplicio,
És tu que surges bem ao meu lado.
Das letras formam-se palavras
E nas palavras posso te ver... Tudo acabado

Vem o dia
Canários e pardais
Cantam de alegria
No sofá há um rapaz
E na mesa da cozinha
Há deitada esta poesia.

=Moacir Proença Morais=

BRANCO-BRNC121


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